Apesar de muitos verem a série Pokémon como uma coisa para crianças, a verdade é que a série principal oferece muito mais do que um desafio apenas para os jogadores mais novos. Estes são RPG’s carregados de estratégia e longas horas de evolução de monstros que culminam num variado leque de ataques estudados, não só para vencer os treinadores que surgem durante a aventura, como também todos os seres humanos que desafiam para combates quer via Wireless quer por Wi-Fi.Toda esta introdução serve para explicar o que é Poképark Wii Pikachu’s Adventure, ou seja, nada do que foi dito no parágrafo acima. Aqui estamos perante um jogo para todas idades mas que quer ser descaradamente fofinho e exageradamente amigável, quer na temática quer no conceito, sendo o centro do universo o Pikachu.PokéPark Wii Pikachu’s Adventure começa com Pikachu, Chikorita, Piplup e Charmander a brincar alegremente numa zona urbana até surgir um Mew, que cria um buraco no chão e teleporta os 4 amigos até os arredores do PokéPark. Aqui Mew explica ao Pikachu que este precisa recolher 14 fragmentos do Sky Prism, de forma a manter o Sky Pavillion a flutuar. Qual a maneira de os recolher a todos? Há que conhecer os Pokémon que deambulam pelo PokéPark e construir um sentimento de amizade com eles, de forma a progredir na história e fazer uma comunidade de amigos.Claro que isto não é fácil, pois alguns Pokémon chateados bloquearam algumas das atracções e cabe ao Pikachu e companhia abrir um lugar dentro dos seus corações e construir lá amizade. Parece lamechas?
Pois é mesmo. Todos querem ser amigos desde que realizem uma determinada tarefa, seja esta vencer um dos desafios do PokéPark ou então fazer uma corrida com eles onde têm de lhes fazer uma placagem violenta para ganhar a sua amizade. Ou seja, o mesmo que fazermos amigos no mundo real correndo atrás deles e mandar-lhe um encontrão…parece absolutamente normal.Neste momento alguns de vocês podem já estar a pensar que estou contra o Poképark Wii Pikachu’s Adventure, mas vamos então avançar para a jogabilidade. Para andar pelo PokéPark jogam com uma visão na terceira pessoa e o Pikachu é o centro da atenção, podem andar, correr, investir contra algo enquanto correm, saltar e mandar choques eléctricos. Ou seja, estamos perante um jogo de aventura e plataformas com mini-jogos (dos quais já vou falar), o problema da aventura é que é um misto entre o jogável e o impreciso, isto porque o comando predefinido é o Wii Remote na horizontal, tal como acontece com New Super Mario Bros. Wii. Quando caminham com o Pikachu é necessário estar sempre a centrar a câmara o que se faz com o botão B do Wii Remote, algo que demora tempo e nem sempre aponta para o sítio certo.
Vão passar grande parte do tempo a ir contra as paredes enquanto correm, pois tanto este movimento como os saltos são imprecisos devido ao D-Pad. É por isto mesmo que os analógicos foram inventados, para navegar em espaços 3D, porque não usa-los? Porque o jogo só permite este tipo de controlo.Vão encontrar outros tipos de actividades, como combater contra outros Pokémon, que apesar de não ser tão impreciso como a jogabilidade livre é demasiado fácil e quase compassado de forma a deixar ganhar. Do mesmo são feitos os mini-jogos, de actividades simples, como abanar o comando, carregar em certos botões, ou responder a perguntas. Isto sim funciona bem, mas já está mais que visto em outros jogos de mini-jogos presentes na Wii, sendo que aqui a única coisa que muda é a temática, que inclui algumas dezenas de Pokémon. Felizmente não precisam de jogar os mini-jogos sozinhos e podem partilha-los com até mais 3 amigos, mas são apenas recomendados para crianças, dada a sua extrema facilidade.